martes, 25 de septiembre de 2012

1997 - PIVETE










13/7/1995 - JORNAL DO BRASIL


1966 - Caetano Veloso e Francis Hime - Foto: Pedro de Moraes


25/5/1995 - Francis Hime e Caetano Veloso conversam no Studio Mega, na Barra da Tijuca, antes da gravacão do disco de Francis – Foto: Homero Sérgio/Folhapress

















Música: Francis Hime
Letra: Chico Buarque
/ 2:54


No sinal fechado
Ele vende chiclete
Capricha na flanela
E se chama Pelé
Pinta na janela
Batalha algum trocado
Aponta um canivete
E até
Dobra a Carioca, olerê
Desce a Frei Caneca, olará
Se manda pra Tijuca
Sobe o Borel
Meio se maloca
Agita numa boca
Descola uma mutuca
E um papel
Sonha aquela mina, olerê
Prancha, parafina, olará
Dorme gente fina
Acorda pinel
Zanza na sarjeta
Fatura uma besteira
E tem as pernas tortas
E se chama Mané
Arromba uma porta
Faz ligação direta
Engata uma primeira
E até
Dobra a Carioca, olerê
Desce a Frei Caneca, olará
Se manda pra Tijuca
Na contramão
Dança pára-lama
Já era pára-choque
Agora ele se chama
Emersão
Sobe no passeio, olerê
Pega no Recreio, olará
Não se liga em freio
Nem direção



1997 - FRANCIS HIME
Participación Especial: CAETANO VELOSO
Álbum “Álbum Musical”
[Francis Hime e convidados]
Gravado no Blue Studios (RJ) em 1995.
Warner Music CD 063017811-2, Track 2.
Biscoito Fino CD bf 528, Track 2. [2004]








 
HIME, Francis. Álbum Musical - Livro De Partituras. Editora Gryphus 2004. 130 páginas. 

Este livro contém as letras, melodias, cifras e partes de piano correspondentes 
às 18 canções do CD Álbum Musical relançado pela Biscoito Fino. 

Trata-se de um disco com composições minhas, letradas por vários de meus parceiros, com interpretações de alguns dos mais destacados cantores do cenário brasileiro. 

As tonalidades escolhidas são as mesmas do CD Álbum Musical, de maneira a permitir que o ouvinte / leitor possa acompanhar e / ou tocar as músicas apresentadas na gravação. 

As partes de piano foram escritas por mim especialmente para este livro e, em alguns casos, foram feitas pequenas modificações em relação ao disco.





FOLHA DE S.PAULO - Ilustrada 
São Paulo, quinta, 24 de julho de 1997.

MPB   
Chega às lojas o disco "Álbum Musical", songbook em que o pianista e compositor revisita a sua própria obra
 
Francis Hime volta a gravar após 12 anos
LUIZ ANTÔNIO RYFF
da Reportagem Local


Depois de uma hiato de 12 anos sem lançar discos de MPB, o pianista e compositor Francis Hime prepara sua volta.


Está chegando às lojas o disco "Álbum Musical", um songbook em que o próprio Francis revisita parte de sua obra.


Ele conta com a ajuda da nata da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Paulinho da Viola.


Ao mesmo tempo, entra em estúdio na segunda-feira para começar a gravar um disco de carreira com músicas inéditas.


Sui generis


Para o compositor, depois de anos em que se dedicou mais à música erudita, "Álbum Musical" inicia a retomada de uma relação plena com uma namorada antiga, a MPB.


De agora em diante, entretanto, ele pretende continuar nessa espécie de bigamia musical.


"A grande diferença é a maneira da compor. A música popular é mais inspiração. A erudita é mais transpiração. É mais trabalhosa, tem que escrever para orquestra", compara.


Em "Álbum Musical", Francis pinçou 18 músicas das cerca de 400 que já compôs. 

Cada uma foi entregue a um cantor. "Queria que ele fosse feito pelos meus amigos", diz o compositor, que define o disco como "sui generis".


Afinal, não é muito comum um songbook em que o próprio homenageado esteja por trás do projeto.


Francis diz que a idéia foi da gravadora, mas que, mesmo assim, ele preferiu não tocar, cantar ou arranjar no disco.


O grande ausente, para Francis Hime, foi a participação de João Gilberto.
Ele prometeu interpretar "Último Canto", mas foi adiando a data para colocar a voz na música.


Divergências contratuais


Na verdade, "Álbum Musical" foi feito quase que inteiramente em 1995. E por outra gravadora, a Velas, dos compositores Ivan Lins e Victor Martins. Mas o que Francis definiu como "divergências contratuais" fizeram com que o álbum -com quase 90% do material já gravado- fosse engavetado durante esse tempo.


A saída da gravadora estremeceu as relações entre eles. "Mas agora não há mais nenhum problema. Afinal somos parceiros", diz Francis, que compôs "Mariana" com os dois.


Com a fita arquivada, contudo, a saída seria regravar todo o CD, como propôs Almir Chediak. Não foi preciso. A WEA resolveu comprar a fita da Velas e gravar as duas músicas que faltavam.


Com a divergência contratual, o projeto de um segundo volume do songbook foi temporariamente arquivado. Francis já havia até escalado alguns nomes, como Ney Matogrosso, Edu Lobo, João Nogueira, Elba Ramalho e, é claro, João Gilberto.


Em compensação, o livro com as letras, cifras para violão e arranjo para piano de 30 músicas de Hime deve sair em dezembro pela editora Lumiar, de Almir Chediak.


O livro terá uma biografia assinada por Sérgio Cabral e, se tudo der certo, um prefácio assinado por Chico Buarque.


Animado com o resultado final, Francis sonha com outras experiências do gênero -mas com outros músicos.


"Pegar uma obra como a do Baden Powell que não tem uma saída à altura de seu talento e genialidade seria uma alegria", revela.


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