lunes, 19 de octubre de 2015

2005 - VIVO OPEN AIR - Riding Giants: Adrenalina Pura 2 / Cabra Cega



Quem e onde
Edição 241 - Abr/05


O Vivo Open Air acabou virando um dos programas mais familiares do Rio.

No dia 15, Caetano Veloso levou Zeca para conferir Riding Giants – Adrenalina Pura 2. 

A dupla sentou em duas das espreguiçadeiras bem abaixo do megatelão montado a céu aberto.

Eu gosto só de ver as ondas e não de pegá-las”, brincou Caetano, no fim da exibição.

Sobre a separação dos pais, Zeca, que está quase da altura do pai, foi taxativo: “Lá em casa não tem muita regra”.
 









13/04/2005

Famosos elogiam Cabra Cega, apesar de falha na exibição do Open Air



Nesta terça-feira, houve uma falha técnica na projeção de Cabra Cega, de Toni Venturi, nos cinco minutos finais do filme. Em seguida, um pedido de desculpas, através do alto falante, levou o compositor Caetano Veloso a comentar, muito bem-humorado:
“Coitado do diretor. Eu estava ansioso para ver o final. Queria saber quem era o traidor. A sessão acabou”.
A cena aconteceu durante a programação da Vivo Open Air, no Jockey Clube do Rio de Janeiro, quando a exibição de Cabra Cega já estava na reta final. Pelo alto falante chegou o aviso de que as entradas seriam devolvidas para que o público pudesse assistir nos cinemas. O filme tem estréia marcada em circuito normal para o dia 15.

Caetano Veloso acompanhou a exibição do filme ao lado da diretora Monique Gardemberg e, diante da súbita interrupção, mostrou um excelente estado de humor. Muito simpático, o compositor comentou:

“Vou assistir ao filme no cinema. Achei maravilhoso.”

Pouco depois, Caetano fez questão de abraçar o ator Jonas Bloch, que vive Mateus, em Cabra Cega:
“Achei o seu personagem ótimo.”
Jonas estava acompanhado da filha, a atriz Débora Bloch, e comentou a respeito da história de Cabra Cega, inspirado no livro Viagem à Luta Armada, de Carlos Eugênio Paz: 





 




“É uma celebração à liberdade, sobretudo quando ela é conseguida a duras penas. Tenho orgulho do resgate dessa história, que humanizou os personagens dentro daquela loucura toda”.

Além de Jonas, outros participantes do filme também marcaram presença, como Michel Bercovitch, Débora Duboc, o diretor Toni Venturi e o escritor Carlos Eugênio Paz.

Jonas contou que estará na peça Senhor das Flores, de Vinicius Marques e direção de Caco Ciocler, no segundo semestre. Ele já encenou esse trabalho em Portugal, com grande sucesso, mas evitou falar sobre o personagem:
“Prefiro não adiantar, porque o personagem é uma grande surpresa dentro da história”.
Numa noite em que Cabra Cega evocou os anos 60 e 70, considerados “anos de chumbo” em conseqüência da violência e autoritarismo que cercaram o país, a atriz Lucélia Santos tinha motivos para falar de seu trabalho:
“Cheguei ontem do Haiti. Fui para lá com a Comissão Internacional dos Direitos Humanos, com Adolfo Perez Esquivel (argentino, prêmio Nobel da Paz em 80). Fui conhecer de perto a situação dos negros no país, a opressão em que vivem, tema para meu documentário. Gosto muito de dirigir e já tive uma primeira experiência com Timor Leste, que deu certo”.
No meio da celebração de filmes e livros, quem também estava feliz era a atriz Karina Bacchi, e o motivo era conseqüência do sucesso de seu livro, Feliska:
“A notícia de que meu livro vai para a segunda edição me deixou realmente muito feliz. Foi uma grande surpresa que a primeira edição vendesse tão rápido”.
Estiveram no Open Air para a exibição de Cabra Cega os atores: Eliane Giardini, Luiz Henrique Nogueira, Ricardo Pereira, Daniele Suzuki, Felipe Camargo, Claudia Mauro, entre outros.


Cabra Cega



O filme Cabra Cega, de Toni Venturi, foi premiado no Festival de Cinema de Brasília, em 2004, e mostra fatos passados durante o regime militar.

Um jovem guerrilheiro, perseguido pela polícia militar, permanece confinado no apartamento de um amigo, simpatizante das idéias revolucionárias da época. Enquanto no interior da casa ele se protege do cerco, lá fora seus companheiros são presos e mortos. Até que ele é ferido num confronto com a polícia.
A cantora e compositora Fernanda Porto foi chamada para dirigir a trilha sonora de Cabra Cega. Ela fez uma releitura das músicas de Chico Buarque e escolheu Rosa dos Ventos, Construção e Roda Viva, que, na história, tem quase um peso de personagens, diante de suas letras ao mesmo tempo poéticas e políticas, tão fortes que se tornaram antológicas e marcaram para sempre um período histórico que até hoje provoca discussões.




Por: Lilian Newlands

No hay comentarios:

Publicar un comentario