viernes, 2 de febrero de 2018

2018 - UM CANTO DE AFOXÉ PARA O BLOCO DO ILÊ


“É uma obrigação pessoal e um prazer estar aqui todo ano para poder conferir e ter certeza novamente que o Ilê continua lindo”

[Moreno Veloso, 25/2/2017]


2018 – CAETANO MORENO ZECA TOM VELOSO
UM CANTO DE AFOXÉ PARA O BLOCO DO ILÊ
Gravado ao vivo no Theatro Net - São Paulo em 27 de outubro de 2017
Álbum "Ofertório"
Single [Plataformas digitais, 2/2/2018]

Violão e voz: Caetano Veloso
Baixo: Zeca Veloso
Violão: Tom Veloso, backing vocals
Pandeiro e voz: Moreno Veloso








2018 - CAETANO VELOSO / MORENO VELOSO / ZECA VELOSO / TOM VELOSO
Álbum “Ofertório – ao vivo”
CAETANO MORENO ZECA TOM VELOSO
Gravado no Theatro NET São Paulo no dia 27 de outubro de 2017
Uns Produções Artísticas Ltda., sob licença exclusiva de Universal Music International
CD 060256745907, Track 13. │ DVD 060256745963, Track 23.



Estadão

Cultura

Exclusivo: Caetano Veloso lança clipe de ‘Um Canto de Afoxé para o Bloco do Ilê’
Vídeo gravado na turnê ao lado dos filhos, Zeca, Tom e Moreno, anuncia a chegada de Ofertário, o registro do show, a ser lançado em março

Pedro Antunes
O Estado de S.Paulo
01 Fevereiro 2018

“Moreno sempre foi um menino extraordinariamente luminoso”, escreve Caetano Veloso sobre o filho mais velho, Moreno. O amor de pai se esparrama pelas linhas recebidas por e-mail pela reportagem do Estado.

 
Tom, Zeca, Moreno e Caetano Veloso - Foto: Jorge Bispo


É o amor, esse mesmo, que levou o artista a trazer seus filhos para o palco consigo, na turnê Caetano Moreno Zeca Tom Veloso. Apresentação que será transformada em DVD, CD e álbum digital.

É também esse sentimento que carrega a música Um Canto de Afoxé para o Bloco do Ilê, a primeira parceria entre Caetano e Moreno e o mais novo clipe/single de Ofertório, disco que registrou a turnê da família Veloso, gravado em outubro de 2017, no Theatro Net São Paulo.

O vídeo capta a dinâmica entre Caê e seus filhos no palco. Zeca toca baixo, em silêncio. Tom, ao violão, faz os backing vocals e os gritos agudos de “Ilê Aiyê”, entre os versos. Moreno batuca o pandeiro e Caetano penteia as cordas do violão – juntos, alternam-se entre as estrofes ao microfone. “É o carinho mais profundo que posso imaginar fazer ao carnaval da Bahia, essa entidade que tem tanto valor para nós”, diz.

Um Canto de Afoxé para o Bloco do Ilê leva Caetano pelas memórias afetivas ao lado do primogênito. Na época da composição da música, gravada originalmente para o disco Cores, Nomes, de 1982, Caetano vivia em um apartamento no Rio de Janeiro – “três andares abaixo de João Gilberto”, ele ressalta – e Moreno passava os fins de semana com o pai.

O pequeno via o pai com o violão pousado nas pernas, a cantar as palavras “Ilê Aiyê”. Moreno escreveu, conta Caê, as palavras que se tornariam a primeira estrofe da canção, “como você é bonito de se ver” e “que beleza mais bonita de se ter”. “Fiquei impressionado com a adequação das palavras às frases musicais”, descreve Caetano.


Zeca, Caetano, Moreno e Tom Veloso, durante o show em São Paulo
Foto: Werther Santana/Estadão

Veloso explica que levava o primogênito ao carnaval de rua de Salvador com frequência. “Há uma foto em que ele está no meu colo na Praça Castro Alves, tranquilo no meio da fuzarca”, conta. Em 1981, antes de compor a canção, Caetano levou Moreno a um ensaio do Ilê Aiyê, mas ele, “pequeno, se sentiu perdido entre as pernas de tanta gente”.

Quando ajudou o pai com a composição de Um Canto de Afoxé para o Bloco do Ilê, Caetano se surpreendeu com a reação do filho. “Ué, você não tinha gostado do ensaio do Ilê!”, disse o pai. Moreno respondeu como adulto: “Não precisa eu gostar: basta que as palavras deem certo com a música”, disse, segundo Caê. “Eu disse, rindo, que ele era um formalista.”

E o amor esparrama.









Show Cores Nomes


1982 







Carnaval

Publicado em 25/02/2017

‘Parmalat’, Moreno Veloso diz que apoia ações afirmativas que não oprimam

Presente na concentração para ver a saída do Ilê Aiyê, o filho de Caetano Veloso comparece todos os anos e vê a saída do bloco como uma obrigação/prazer

Rebeca Bastos / James Martins 



25/2/2017 – Moreno Veloso, saida do Ilê Aiyê
Foto: Roberto Viana / Ag. Haack/bahia.ba


Moreno na cor e no nome, o filho de Caetano Veloso se considera “parmalat”, mas admite que sua origem é mestiça. “Eu sou parmalat, eu nasci branco igual a minha mãe, mas os meus avós são mulatos e eu tenho esse nome ‘Moreno’, o que é que eu vou fazer? Eu sou uma mistura, mas às vezes as misturas não se refletem só na cor da pele da gente, né? Então a gente tem que aceitar que a mistura está também em outros lugares, e eu aceito com certeza”, afirmou, em entrevista ao bahia.ba, neste sábado (25), durante a tradicional saída do bloco afro Ilê Aiyê.

Ele também opinou a respeito do patrulhamento sobre símbolos culturais, polêmica que ganhou tons mais fortes há algumas semanas quando uma moça branca disse ter sido abordada por usar turbantes “indevidamente”. “Eu dou valor e dou força às iniciativas afirmativas que colocam em evidência uma cultura ou uma raça ou povo que foi oprimido, mas , se essa coisa começa a oprimir a mim ou aos nossos amigos, elas não são bem vindas, é simples assim”, disse.

Compositor mais jovem – De acordo com o músico e compositor, a sua percepção e a relação com a beleza do bloco, a familiaridade com Vovô e com o terreiro de mãe Hilda permanecem a mesma da época em que compôs com o pai a música “Um canto de Afoxé”, que o tornou o compositor mais jovem da história do bloco afro, fundado em 1974 (na época ele tinha entre 10 e 12 anos). “É uma obrigação pessoal e um prazer estar aqui todo ano para poder conferir e ter certeza novamente que o Ilê continua lindo”, explicou.




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